luar de febre e açoite
tangendo crueza e frio na noite
feito farol ferido
em cílios curvos de tempo e rímel
luar refletido
caninos de súbito aflitos
olhos mortiços
a loba uivou longamente
de fome e fúria e dor o seu gemido
noite enluarada
fera e bela
nalguma esquina
caça ou caçador...
vaga quimera
e depois?
e depois nada
eco de saltos na calçada
estraçalhados cristais
luar no asfalto
sorve ilusões quebradas
ri lejana e fria a lua
alma devassada e nua
é noite
e criaturas vagam
reluz a solidão da rua
algum resquícios de febre
em rubro luar
enquanto ela se vai
pés descalços
se vai
insaciadamentes
e esvai
Tocante e profundo!
ResponderExcluirAdorei..parabéns Tânia! =P
Muito bom.
ResponderExcluirParabéns pelas palavras!
Valeu, obrigada pela leitura e pelos comentários;
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