A cidade e seus vampiros

Uma aventura inédita sobre o caçador de vampiros Angelo Donnati

A cidade e seus vampiros
Por: Adriano Siqueira


– Condessa Lucifir, com todo o respeito, você está me pedindo o impossível!
– Pois eu achei o meu pedido bem equilibrado, Senhor Alex. Devo lembrá-lo de que precisa muito de mim. Os vampiros logo irão matar a sua namorada e eu controlo o exército de lobisomens na cidade. O preço da minha ajuda é que o senhor leve alguns de nossa alcateia para São Paulo e dê um bom lar para eles.
A rua estava vazia. As negociações continuavam. A condessa era uma mulher que chamava a atenção, Muitas tatuagens nos braços, Morena de olhos verdes. Seu rosto tinha duas marcas brancas abaixo do olho esquerdo em sentido horizontal, feita com tinta para a pele. Usava isso para tirar a atenção dos seus olhos. Cabelos com cores vermelhas, eram bem lisos que iam até o ombro. Ela era um pouco acima do peso. Tinha 1,70 de altura. Era forte, andava com passos firmes com suas botas que iam até as suas coxas e olhava para todos, bem nos olhos como se estivesse em algum tipo de desafio. Usava um Vestido de cor Vermelho escuro e preto. Estava acompanhada de dois homens armados que olhavam para todos os lados, vigilantes. Alex abaixou a cabeça, pois não havia como recusar os termos da condessa. Mas tentou ser durão:
– Não me importa quantos lobos você comanda. Não sou um cara rico, só levarei um lobisomem para São Paulo!
– Cinco! – disse a condessa.
– Três! E nenhum lobo a mais! – disse Alex.
A condessa olhou para os seus lobos e depois deu de ombros.
– Tá, isso não é importante. Estamos combinados. Atacaremos esta noite.
– Eu quero ir junto.
A condessa lhe dirigiu um olhar que o deixou aterrorizado. Um dos seguranças o advertiu:
– Não seja burro, garoto. Eles matam humanos não só pelo sangue, mas por prazer também, e a sua namorada os traiu. Talvez ela nem esteja mais neste mundo.
Alex não teve saída a não ser concordar, e seguiu para o seu hotel lembrando como tudo começou.

São Paulo – 10 horas antes

Alex pegou o celular e enviou uma mensagem para o seu amor que conheceu na rede social:
“Finalmente estou indo conhecê-la pessoalmente, minha amada”.
Seu nome, Fystean. Ela morava em Curitiba. Mas isso não era um problema para Alex. Ele gostava de viajar, e conhecê-la pessoalmente era o que ele mais queria.
Alex tinha 35 anos, cabelos loiros, usava óculos de grau muito forte e era muito tímido. Não era muito apreciado pelas mulheres e geralmente só conhecia as pessoas pela internet, mesmo. Trabalhava como free-lancer produzindo sites para alguns amigos ricos, e com isso pretendia montar a sua própria empresa, mas nunca ganhou o suficiente. Já a sua amada Fystean era uma garota de apenas 23 anos. A sua família fazia parte da burguesia curitibana, gente de muita pose, carros, propriedades. A garota gostava de literatura, dança, rede social e... Vampiros. E Alex também. Dos vampiros, é claro. Foi assim que eles se conheceram. Falavam horas sobre desmortos pelo Skype. Ela, morena e muito bonita, se dizia uma vampira. Dinheiro não a interessava muito. O que ela dava valor, segundo ela, eram as amizades. Amigos são raros, principalmente para quem vivia sendo enganada pelos antigos namorados, completava ela, deixando Alex ainda mais apaixonado.
Depois de alguns meses de namoro online, Alex foi conhecê-la. Depois de pegar o avião e aterrissar em Curitiba, instalou-se num hotel chique, um dos mais conhecidos da cidade, que Fystean havia reservado para ele. Quando entrou no quarto, abandonou as malas e se jogou na cama, feliz. Deu um grande sorriso, imaginando os momentos incríveis com a amada que estavam para acontecer. Mas logo se levantou, dizendo:
– Hora do banho, pois será uma adorável noite...
Quando Alex entrou no banheiro, levou o maior susto ao encontrar ali um homem desconhecido, que aparentava ter a mesma idade que ele, porém, com o físico bem mais forte. O estranho avançou e jogou o rapaz no chão com facilidade. E ainda apontou o dedo para o nariz de Alex e avisou:
– Saia desta cidade enquanto ainda tem tempo!
O estranho deixou o banheiro em seguida e Alex correu atrás dele para saber o que estava acontecendo, mas, quando abriu a porta, Fystean surgiu de repente e lhe deu um abraço bem apertado. Os olhos do Alex, confusos, correram pelo quarto em todas as direções à procura do homem que o atacara, mas nem sinal dele. E Fystean falava sem parar:
– Quando a gerência do hotel ligou, eu vim o mais rápido que podia. Como é bom vê-lo pessoalmente, poder tocar em você, meu amor! É um sonho que realizo! E tenho muitos ainda para realizar com você...
Ela estava tão linda que Alex quase se esqueceu do intruso. Mas, ao fechar a porta, disse com um sorriso tímido:
– Sua cidade é cheia de surpresas. Tinha um cara aqui, mal-encarado e forte, dizendo para eu ir embora.
– Oh... Como isso pôde acontecer?  Me desculpe, Alex, vou providenciar mais seguranças para o hotel. Às vezes somos atacados injustamente... Mas não se preocupe com isso, vamos jantar!
Alex ficou imaginando quem e por quê alguém atacaria alguém adorável como Fystean, mas resolveu não encompridar o assunto. Ambos desceram de elevador e um motorista já os esperava na porta do hotel, com um carrão de luxo, um Audi blindado com a porta do passageiro aberta, à espera do casal. Logo seguiam rumo ao restaurante, enquanto o carro era escoltado e vigiado por duas motos. Intrigado, Alex não aguentou segurar a sua curiosidade e comentou:
– Você deve ser mesmo uma celebridade por aqui. Tem tantos seguranças para protegê-la!
Fystean sorriu de modo peculiar.
– Oh, é um mal necessário. Sempre acontece algo perigoso comigo. Existem muitos caçadores...
Alex olhou para os lados, depois para a Fystean, e perguntou. 
– Caçadores? Mas do que diabos você está falando?
 Quando Fystean ia começar a explicar, o motorista manobrou rápido o carro para a esquerda, entrando numa rua bem estreita, e, para a surpresa de Alex, prosseguiu pela ruazinha raspando as laterais do Audi nas paredes. Assustado, o rapaz olhou para trás e viu os dois motoqueiros sendo atropelados por um carro-forte preto. O Audi acelerou mais e mais, tentando desesperadamente chegar a um túnel próximo. De repente, outro carro forte preto apareceu em frente ao túnel, bloqueando-lhes a passagem. O motorista freou de forma violenta. Para o desespero de Alex, o homem olhou para os passageiros com ar desvairado e gritou:
– Estamos ferrados! Fujam! Rápido!
Fystean e Alex não conseguiam, porém, abrir as portas, pois as paredes estavam muito próximas. Não havia como escapar. O motorista abaixou-se quando quatro homens armados começaram a disparar contra o vidro à prova de balas. Alex e Fystean fizeram o mesmo na mesma hora.
– Mas que droga está acontecendo? – gritou Alex. Para piorar, o seu celular começou a tocar uma música conhecida. Era só o que faltava!
– Alô! Mãe! T-tudo bem aqui! – gaguejou ele. – O quê? Ah, tô no cinema vendo um filme de ação com a namorada! Não, mãe, a senhora não a conhece! Depois explico tudo, não dá pra falar agora! Beijos!
Fystean, nesse instante, espiava pelo vidro traseiro do carro, onde mais um carro forte avançava na direção deles. A garota voltou-se para o Alex e disse com ar de pesar:
– Sinto muito, meu amor, por trazer você até aqui para morrer.
– Como assim? Eu não quero morrer! – gritou Alex, desesperado.
– Calma, seu bobo! – Ela deu uma risadinha. – Eu só estava brincando.
Em seguida, Fystean apertou um botão na porta ao seu lado, fazendo abrir um pequeno esconderijo com várias armas.
– Agora, Alex, me siga e vai sair tudo bem.
Enquanto o motorista acionava um botão e disparava uma carga de minimísseis, Fystean abriu o capô do carro e subiu pelas paredes – literalmente. Alex olhou, atônito, para o alto e gritou:
– Seguir? Como vou seguir você? Não fui picado por nenhuma aranha radioativa!
Com uma risada, o motorista acionou o botão da cadeira ejetora onde Alex estava. Ele nem conseguiu gritar, graças à rapidez com que foi jogado para o alto. Ainda bem, pois não seriam apenas gritos que sairiam dele, se soubesse antes o que iria acontecer. Fystean agarrou Alex no ar e o puxou para o telhado do prédio. Depois disse com ar grave:
– Bom, querido, acho que é hora da gente se conhecer melhor. Sabe como é, né, tipo... Preciso te dizer que sou uma vampira.
– Eu sei, Fystean – disse Alex. – Você já me disse isso.
Ela abanou a cabeça.
– Amor, você não entendeu. Eu sou uma vampira de verdade. Vampiros, nosferatus, desmortos existem, e eu sou uma deles.
Antes que Alex fechasse a boca, erguendo o queixo que tinha quase rolado no chão, a garota empunhou a arma que trouxera do carro e começou a atirar. Mas os homens que encurralavam o carro lá em baixo usavam coletes à prova de balas e os tiros só serviram para chamar a atenção dos perseguidores, que voltaram a sua carga para a direção do casal. Bufando de raiva, Fystean puxou Alex para mais perto dela e apertou o pino do seu relógio. Um campo de força foi ativado ao redor deles, protegendo-os das balas. Porém o seu motorista não teve a mesma sorte – nem o mesmo equipamento – e, quando os homens subiram no carro para lhe dar o tiro de misericórdia, apertou o botão do câmbio e explodiu junto com o carro.
Fystean ainda fez menção de salvá-lo, mas Alex a segurou a tempo.
– Calma, Fystean, agora não adianta mais.
– Malditos! Vão pagar pelo que fizeram! – gritava Fystean, fora de si.
– Vocês deviam ter dado um relógio desses pra ele também – disse Alex, abanando a cabeça e apontando para o relógio de campo de força de Fystean.
Antes que ela respondesse, o som de várias sirenes começou a soar. Alex correu para o outro lado do prédio e gritou:
– Fystean! A polícia está cercando o prédio, é melhor a gente...
Foi aí que um helicóptero surgiu do nada e dois homens, pendurados numa corda, jogaram uma rede sobre Fystean. Antes que Alex pudesse fazer algo, os filhos da mãe levaram a sua amada pelo céu, deixando-o na maior depressão.

Tempo Atual:

Alex esperava, nervoso, no quarto do hotel. Achava que a Condessa Lucifir ia mesmo atacar os raptores de Fystean, mas também sabia que o risco de dar tudo errado era grande. Apesar de saber agora que Fystean era uma vampira, e isso o assustasse muito, só conseguia pensar nela, se estava bem, se não estava ferida... Tinha que fazer alguma coisa. Foi até o notebook e começou a procurar no Google os especialistas sobre lobisomens e vampiros em São Paulo. Encontrou dois: Dr. Dirol e Demer Fela. Rapidamente, enviou mensagens para os dois e, depois de meia hora, as respostas chegaram - e praticamente diziam a mesma coisa:
“Saia daí! Volte para São Paulo sozinho e não fale com ninguém.”
– Grande ajuda! – resmungou Alex.
Nesse momento, alguém bateu na porta e uma voz de mulher soou:
– Boa noite, senhor Alex. Serviço de quarto.
– Um momento!
Alex pensou rápido. Não tinha pedido nada, portanto, só podia ser uma fria. E a história de vampiros de Fystean ainda estava na sua cabeça. Desmontou a cortina e pegou a madeira que segurava o tecido. Quebrou-o em duas partes para fazer uma estaca, como nos filmes. Foi bem a tempo, pois a porta foi jogada a vários metros de distância. Com o susto, Alex pulou para trás da cama. Uma loira (gostosa) entrou vagarosamente no quarto. Ela sorriu. Tinha uma dentição saliente de assustar qualquer dentista de comercial de pasta de dente.
– Fystean vai morrer – declarou ela. – Não podemos deixar pistas. E você, meu querido, é uma pista que fui paga para eliminar!
A loira pulou sobre a cama para agarrar o pescoço de Alex, mas ele conseguiu enfiar a madeira em seu coração, fazendo-a perder o equilíbrio. Mas a vampira não morreu na hora como os dos filmes. Começou a se debater e fazer um escândalo. Por fim, acabou se jogando pela janela, quebrando o vidro com o impacto. Alex viu ainda o corpo dela na calçada, se desfazendo em cinzas.
Com o barulho, os funcionários do hotel apareceram e ficaram espantados com a janela arrebentada. Alex disse, todo afobado:
– Minha nossa! A corrente de ar daqui é muito forte. E o serviço de quarto é péssimo. Vou procurar outro hotel!
Pegou o notebook e quis sair de fininho. Mas não conseguiu dar um passo para fora do hotel sem acertar primeiro a sua conta e pagar pela janela quebrada. Ficou sem um tostão.

Fystean estava amarrada em uma mesa com uma corda feita de espinhos de roseira. Três homens a interrogavam e andavam de um lado para outro no quarto, impacientes.
– Fystean... Queremos apenas que nos revele onde escondeu a maleta com a localização dos lobisomens da cidade. Isso não é nada demais. Assim que nos contar, soltaremos você.
– Vocês, humanos, querem uma guerra! – respondeu ela. – Certamente vão culpar os vampiros pelos ataques. Nada feito. Podem me matar.
– Não vamos matá-la. Mas podemos ser bastante malvados com o seu novo namorado... Um tal de Alex.
– Não toquem nele, bando de sacos de sangue ambulante! Ele é um humano como vocês.
– Se ele é humano ou não, não nos interessa. Não somos preconceituosos, temos vampiros trabalhando para nós. Além disso, mesmo que não matemos o rapaz, certamente os lobos o farão.
– Desgraçados! Toquem num fio de cabelo dele e eu mesma vou colocá-los na geladeira como mantimento!
Os homens se reuniram, conversaram e depois voltaram a falar com Fystean.
– Voltaremos em uma hora. Espero que nos dê a resposta. Para você ficar mais à vontade, deixaremos um pouco de alho fazendo-lhe companhia. Espero que aprecie.
Os homens saíram do quarto e Fystean berrou, quando um aparelho começou a derramar gotas de chá de alho quente sobre o seu corpo.
– Voltem aqui, seus lanchinhos!
Assim que saíram no corredor, os homens foram surpreendidos por dois lobisomens. Reagiram, atirando com suas armas carregadas com balas de prata, mas não conseguiram atingi-los. Os lobos eram rápidos e bem treinados e deram conta dos homens em segundos. Depois, arrebentaram a porta do quarto e encontraram Fystean. Ela olhou para eles e disse:
– O que estão esperando? Me soltem!
– Nossa patroa nos disse para a soltarmos só depois que nos disser onde escondeu a maleta com a localização dos lobisomens.
– Ah, sim... Eu digo e vocês me matam. Nada feito.
– Então vamos ser lobos maus com você, vampira – eles disseram, rosnando.

Alex corria pela rua sem rumo, pensando desesperadamente numa forma de achar Fystean. Um carro se aproximou e o motorista fez sinal para ele entrar.
– Meu nome é Angelo Donatti – disse o homem. – Sou caçador de vampiros. Dr. Dirol me pediu para ajudá-lo a encontrar a Fystean e eu sei onde ela está. Vamos! Não temos muito tempo.
– Ok, então! – disse Alex. – Eu vou com você. Não tenho nada a perder, mesmo!
 Angelo aparentava ter uns 45 anos. Tinha cabelos grisalhos e um rosto confiável. Tinha uma pequena cicatriz vertical de 3 centímetros do lado direito da boca. Seus olhos eram azuis e tinha a pele bem morena. Tinha um pequeno desvio na coluna que o deixava olhando para baixo. Ele levou Alex até um prédio no centro de Curitiba. Antes de sair do carro, o caçador pegou uma arma e uma estaca na sua mala. Alex perguntou nervoso:
– Estaca pra quê? Não pensa em matar a Fystean não é?
– Calma rapaz. Eu e ela já nos encontramos algumas vezes antes. Estou só me precavendo.
Eles entraram no prédio e, quando subiram ao andar indicado pelo caçador, Alex viu três homens mortos, estraçalhados, no corredor. Um deles era o sujeito que tinha encontrado no banheiro do hotel. Quando chegaram na porta do apartamento onde Fystean estava prisioneira, ouviram ruídos muito fortes no seu interior.
– Corra! – gritou Angelo, de repente, puxando Alex.
A porta do elevador explodiu. Quando a fumaça se dissipou, Alex viu Fystean aparecer, segurando os corpos de dois lobisomens pelos pescoços.
– Por que demoraram tanto? – perguntou ela. – Tive que me divertir sozinha!


Alex, Fystean e Angelo Donatti estavam no quarto de Alex. Fystean, ao saber do que houvera no hotel anterior, já tinha providenciado um quarto em outro hotel, tão chique quanto o anterior, para o namorado.
– Aquela condessa loba traidora vai me pagar! – murmurou ela, raivosa. – Fingiu que fazia um trato com você, Alex, mas a vagabunda queria me matar.
– Então não preciso mais virar babá de lobisomens em São Paulo – disse Alex, aliviado. – Não tenho condições para sustentar três lobos!
– Claro que não! – gritou Fystean. – Ela que se atreva a chegar perto de você! Faço cachorro-quente de loba!
– Tenha cuidado com quem você anda, meu rapaz... Ou faz outras coisas – disse Angelo para Alex, olhando para Fystean enfurecida. – Bom, já vou andando.
– Eu tenho que te agradecer desta vez, caçador – disse Fystean, controlando-se. – Obrigada por ter cuidado do meu Alex.
– E eu, desta vez, vou te deixar em paz – respondeu Angelo. – Adeus.
Ela fechou a porta depois da saída de Donatti e olhou, sedutora, para Alex.
– Bem, onde estávamos, quando fomos interrompidos?
– Íamos jantar – relembrou ele.
– É mesmo! O jantar...
Fystean tinha começado a tirar a roupa. O rapaz esqueceu imediatamente que estava com fome. Os dois se abraçaram e se beijaram.
– Acho que temos algo para terminar... – ela sussurrou.
Fystean tirara a camisa do Alex e estava beijando o seu peito. Ele sorriu e suas mãos passearam pelo corpo nu dela.  Ela começou a lamber o corpo dele até chegar ao pescoço. Alex estava meio fora de si, completamente atordoado. Então ela abriu a boca e, em seguida, os seus caninos se enterraram no pescoço de Alex. Ele nem teve tempo de dizer algo. Só se lembrou, tarde demais, que o jantar dos vampiros era sangue dos humanos. Fystean o segurou nos braços, enquanto ele ia perdendo os sentidos.
– Por quê? Que fiz para você? – ele murmurou.
– Muito... Por isso, isto aqui é o meu presente a você, meu amor. Agora será um vampiro. Meu eterno vampiro.
Um vampiro? Alex sorriu. Não parecia tão ruim, afinal de contas. Estava ficando tudo escuro. Uma nova vida ia começar para ele. Alex levantou os braços e disse:
– De agora em diante, todos irão me conhecer como Lord Devon.



Adriano Siqueira escreve sobre vampiros e terror. Tem muitos contos distribuidos pela internet. É colecionador, adora fotografar e produz curtas, HQs, radionovelas e Quadros.É editor do Adoravel Noite, um site destinado aos que apreciam os vampiros. Links:Twitter - Email

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